Na noite de sexta-feira (05), a Faculdade Insted foi palco de grande debate sobre Feminicídio e a Violência contra a Mulher. Organizado pelo curso de Psicologia, o evento aberto ao público teve também a participação de acadêmicos e jovens envolvidos na defesa da causa.
Organizado pelo curso de Psicologia, compuseram a mesa: a coordenadora do curso de Psicologia, professora Avany Leal; a subsecretária de Políticas Públicas para a Mulher, Carla Stephanini; a psicóloga indígena do Povo Terena de MS, Vanessa Silva de Souza; a promotora de justiça, Dra. Luciana Rabelo; a delegada titular da DEAM, Elaine Cristina Ishiki Benicasa e o Conselheiro Presidente do CRP/MS, Walkes Jacques Vargas.
Na abertura do evento, a diretora Neca Chaves Bumlai, ressaltou a realização do evento para tratar sobre um assunto sensível que afeta constantemente a vida de muitas mulheres.
“É importante abordar esse tema para conscientizar a sociedade sobre a gravidade da situação e promover ações que possam ajudar a prevenir e combater essa violência. É necessário um esforço conjunto de toda a sociedade para mudar essa realidade e garantir o direito das mulheres à segurança e à igualdade”, destaca a diretora Neca.
Presente pela primeira vez na Faculdade Insted, a delegada titular da DEAM, Elaine Benicasa, parabeniza a instituição pelo olhar voltado ao combate ao feminicídio e suas diversas violências.
Já a psicóloga terena Vanessa Silva de Souza trouxe recortes culturais sobre a cultura do estupro e da violência contra a mulher sob o olhar dos povos indígenas.
“Essa oportunidade me trouxe uma representatividade muito grande para falar sobre algo tão necessário, e ainda, tendo a chance de dividir o palco com tantos profissionais de excelência. Eu costumo dizer que a escola é a porta do nosso apagamento histórico, então quando começamos a desconstruir imagens, principalmente sobre a mulher e o povo indígena, nós temos a chance de formar psicólogos, médicos, advogados e tantos outros profissionais conscientes sobre os problemas sociais do país”, pontua a psicóloga.
Conselheiro presidente do CRP/MS, Walkes Jacques Vargas, destaca dados alarmantes sobre a violência contra a mulher no Estado de Mato Grosso do Sul. Participando do Diálogos Insted, o psicólogo reforça a atuação da classe no apoio e acolhimento de vítimas.
“O debate vem de encontro com a triste realidade do Estado, com uma das maiores taxas de feminicídio do país. A violência e o feminicídio faz vítimas e traz sofrimento para aqueles que estão próximos e a Psicologia atua diretamente em diversos setores, como a conscientização e o acolhimento dessa dor”, finaliza o conselheiro presidente do CRP/MS, Walkes Jacques Vargas.